quinta-feira, 7 de outubro de 2010

MINOSQUÊ!

http://www.upira.com.br/butecodomax/wp-content/uploads/mexid%C3%A3o.bmp
(imagen meramente enganada)

DA SÉRIE: RECEITAS ÍNTIMAS*

HOJE: Minosquê (em portugal: mixordia)

Ingredientes
1 colher de sopa de azeite**
1 colher de chá de mostarda**
1 pitada de sal**
1 pitada de pimenta do reino**
1 colher de arroz por participante**
1 ovo por participante**
O QUE VOCÊ TIVER DE COMIDA VELHA NA GELADEIRA (todas as sobras)
1 panela que caiba tudo, qualquer uma!

(**ou não)

Modeo de Preparo
Na panela escolhida frite o ovo no azeite e a pitada de sal; adicione a seguir TODOS os ingredientes e mexa (caso precise adicione um pouco de água para não pregar); continue mexendo até a fome atingir níveis insuportáveis, pois a aparencia do prato melhora de acordo com a fome e não com o tempo de cozimento do prato. Certifique-se que os ingredientes estejam bem quentes pra queimar a língua na primeira garfada e, pã, coma o restante!

A vantagem de fazer um Minosque é que nenhum fica igual ao outro é praticamente impossível!

Uma coquinha, batata-palha são sempre bem vindas nesses casos e arrebatam um tanto o "peso" desse prato. Caso po$$a peça comida da rua ou saia pra comer!

*Essa receita é considerada íntima pelo fato de não ser legal fazer quando existam visitas ou amigos em casa, a não ser nos casos quando a visita frequênta também sua geladeira, dispensa e armários de casa.

BON APPETIT! =B

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Entrevista

A uns três meses atrás concedi uma entrevista para a galera da Lamparina Design, a empresa júnior de design da UnB. Foi uma entrevista feita com um gravadorzinho de celular e quando fui entrevistado não tinha lido um roteiro anteriormente, logo respondi muita coisa do jeito que veio na cabeça! Quando li a transcrição eu mesmo não entendi lhufas do que eu tinha falado...
Depois de reestruturar o texto, sem mudar muito as idéias, que eu falei expontaneamente, consegui juntar tudo num texto menos coloquial e com as imagens de uns trampos ilustrar essa jornada que foi passar pela UnB estudando e pagando de designer!

Espero que gostem...

____________

Francisco Bronze, é libriano, gosta de comer sushi e passar o tempo olhando paisagens e ouvindo música. Estudando a 6 anos na UnB, fazendo dupla habilitação em Desenho Industrial, atua mais como designer gráfico do que de produto, que cursa mais por prazer do que visando carreira, afinal acredita que para ganhar dinheiro logo de cara você tem que trabalhar com design gráfico, por ser uma área estabelecida no DF e ter o Governo Federal como um dos principais clientes, além de muitas pequenas e médias empresas.

Por que você escolheu estudar design?
Eu gostava de desenhar quando era pequeno, e meu pai me levava muito no aeroporto porque eu gostava de observar e desenhar aviões. Meu pai era todo orgulhoso: “Ele vai ser piloto, vai ser comandante!” (risos). Mas quando estava na 8ª série, conversando com uma amiga ela me disse que eu tinha perfil de aluno de design, eu perguntei o que designer fazia e ela disse “Ah, designer desenha móveis... Desenha um monte de coisa”. Aí eu pensei “eu acho que é isso”. Eu nunca tive contato com a profissão, mas já entrei no Ensino Médio sabendo o que eu queria.

E em relação a UnB? Qual foi o melhor proveito que você tirou da Universidade?
Eu acho que o mais importante pra um designer hoje é ser um ocioso criativo. Eu gosto do tempo que a gente gasta fazendo nada, no banquinho (em frente ao IdA) ou no CA conversando. Nesses momentos que você discute, você vê a visão de outras pessoas e o que os outros estão fazendo. Acho que esse tempo que você gasta é importante e você acaba crescendo bastante.

1 Seda Cartaz 1.2 Seda Crachás 1.3 Seda 1.4 Seda Camisa of 1.5 Seda Camisa 2

Identidade visual desenvolvida para a primeira Semana de Design e Arquitetura da UnB. Desenvolvida em conjunto com André Vicente e Diogo Vespaziano. Maio de 2007

Qual o seu pensamento em relação à carreira de designer?
Acho que é uma profissão que não é só a pessoa ser talentosa, gostar de desenhar ou ser cheia de referências. Fazer design hoje é você saber, acima de qualquer coisa, conversar, seja com o cliente, seja com o chefe, seja com a equipe. O designer deve dominar muito mais que somente ferramentas, hoje isso é base para qualquer formação profissional. É ter essa noção de “linkar” as coisas, ter esse jogo de cintura. Você é o diplomata dentro de um projeto, mediando muitos processos, negociações e o sucesso não depende só da execução, mas também da qualidade de como se deu o processo.

O que você mais gosta no Design? O que te dá mais prazer em fazer design?
Hoje trabalho mais com projetos gráficos do que de produto, existe ainda uma paixão pelo papel, pela tinta, que é fantástico. Mas qualquer projeto para mim é sempre um desafio, acho até incoerente um estudante de design falar “Sou designer Gráfico, não dou conta de fazer mais nada”. Não precisa ser picareta a ponto de falar que é capaz de fazer qualquer coisa, mas é importante ter visão de ferramentas, de trabalho em equipe, e raciocínio e um designer de fato, se sente desafiado a solucionar problemas, independente da complexidade.

2 cartaz 3S 2 SDesign Teaser

Terceira Semana de Design da UnB. Outubro de 2007

Qual a parte mais frustrante em fazer design?
Acho que é orçamento (risos). Ou não, acho que é trabalhar com as pessoas que não têm essa visão, que por mais que a gente tente educar quem não tem contato ou não conhece o que a gente faz, elas falam: “ah, essa alternativa não tá legal”, e você pode ter se esforçado bastante nela. Acho que o que frustra mesmo o designer é você ver um universo de possibilidades num projeto e ser podado logo no início. Eu falei de orçamento no começo, mas é brincadeira, porque se você entra num projeto que o orçamento é x, y ou z, você deve se planejar para ter um bom produto dentro daquele orçamento, e é fundamental ter essa visão e levar isso em consideração na hora de projetar.

3 Cartaz Curso de fotografia

Cartaz Curso de Fotografia Câmara dos Deputados. Abril 2008

Em quais projetos você está trabalhando atualmente? Algum projeto futuro que você possa dividir conosco?
Atualmente trabalho na criação da Fábrica Summershop, marca brasiliense de roupas de banho e academia, e lá desenvolvo material para catálogos, vitrines e cuido da identidade visual deles. Mas já trabalhei e trabalho muito com diagramação de materiais didáticos, expografias para exposições e eventos, desenvolvimento de sistemas de identidade visual, entre tantas coisas que sempre existem de demandas. Estou trabalhando em parceria com o estúdio Ilustrativa cuidando da parte de infografia, material corporativo e desenvolvendo a identidade visual, juntamente com Victor Papaleo (também aluno do DI). E por fim diplomando em Projeto de Produto, junto com Pedro Machado, desenvolvendo um sistema de Nebulização com características especiais. E também sempre gero demandas próprias, junto de alguns amigos, pra sempre investir em produção independente, que é bem divertido.
Você poderia falar como é seu processo criativo?
Por mais que eu não queira no 1º contato com o cliente, quando se faz um briefing, eu já fecho os olhos e vejo um produto final uma coisa pronta, pra mim é natural. Por exemplo, vamos supor que faremos um site de roupas. Já existe aqueles “preconceitos”, então já rola uma visão, um caminho de produto final. E fazendo pesquisas, olhando referências, lendo bastante, vendo muito filme, andando muito na rua e principalmente nas conversas com os amigos que já fizeram algo parecido, abre um leque de possibilidades que é muito importante para esse processo.

3.1 Ilustração Anti Mag

Anti Magazine tema sense, juntamente com Mateus Zanon(2). Agosto de 2007

Como você descreve o seu estilo ?
Eu faço muitos projetos para agência, como na Ilustrativa, e quando você está trabalhando de ilustrador de agência e não de designer, você tem que ser um pouco “prostituto”, você não tem o seu estilo, porque o diretor de arte já vem com algo pensado, por ele, pela equipe e pelo cliente em si, então você tem que maquiar aquela coisa meio pronta e formalizar no jeito que foi pedido, além de saber que a agência escolhe você já sabendo do seu histórico.

Mas eu tenho meu estilo, algo que beira o geométrico, vetorial, limpo, claro e para os trabalhos de Identidade Visual, onde procuro sempre criar algo simples e pregnante. Eu acho que a pregnância formal do trabalho é o meu maior desafio.


Mas é importante ter mais de um estilo, pesquisar e estar sempre se renovando, olhando material, e buscar referência em leituras, principalmente. Uma dica de ouro: Lá na biblioteca (Biblioteca Central da UnB), no segundo andar, tem a seção de periódicos, e têm muitas revistas de design gráfico, principalmente a revista Print, lá tem material desde a primeira edição, nos anos 40, até hoje. É uma revista top de design que tem muita coisa boa que impressiona ao ver que tudo o que você pensar já foi feito.

Você tem algum projeto favorito?
Não, eu sou apaixonado por todos os projetos que eu fiz. É lógico que sempre tem aquele projeto que depois de um tempo você rever e pensa “ah, podia ser diferente ali”, mas é aquele lance do aprendizado, do que foi aquele momento. É como uma fotografia de quando você era pequeno, quando você olha de novo, pensa “ah meu Deus, eu usava isso!”, “Olha o meu cabelo!”. Na essência você é o mesmo, mas são detalhes que você vai otimizando com o passar do tempo.

3.2 Cartaz Grupo APA

Cartaz grupo APA. Peça o Apacalipse, desenvolvida pelo estúdio onomá(3). Julho 2008

O que te inspira?
Eu caminho muito e acho que isto é o meu freio, porque um problema de ser designer é que quando você é confrontado a fazer uma demanda você fica o dia inteiro pensando nela. Porque eu olho tudo e tudo é referência, tudo eu estou captando, no meu condomínio que tem córrego, cachoeira, mata e principalmente na UnB, nos corredores do Minhocão cheios de cartazes, de placas, marcas e etc. É legal sempre ficar criticando vendo o que poderia ser melhor. Então tudo que você olha te inspira, mas é bom ver a natureza por não ter interferência humana, acho que é um momento importante na linha do projeto, olhar para o vazio, o silêncio... Ter um momento pra si. Mas também é normal vir um estalo de madrugada, aí você procura papel e rabisca aonde for pra não perder a ideia (risos).
Também procuro ouvir muita música o tempo todo, acho que o som é uma uma fonte de inspiração desafiadora e intrigante, sempre me pego ouvindo uma música e pensando como essa música poderia ser experimentada por outros sentidos além da audição.

Quem são seus Designers favoritos?
Otl Aicher, um alemão que eu já tinha visto um pouco do trabalho e que achei em uma matéria para a revista Print, na BCE. Eu gosto muito de Identidade Visual e ele foi um dos primeiros a trabalhar com esse conceito de Id. Corporativa, que é você fazer projeto completo da marca, pensando em todos os pontos que o projeto deve atingir. Seu trabalho mais icônico, foi para as Olimpíadas de Munique, na Alemanha, que é um projeto completíssimo, ele e mais uma equipe de uns 8 designers desenvolveram todo o sistema de I.V. É fantástico, ainda mais para a época, nos anos 70, que se você pensar nas condições de trabalho e de tanta coisa que era mais difícil, e ver o resultado e aqualidade do trabalho. Eu acho fundamental se inspirar em uma pessoa assim, que dentro das limitações, conseguiu desenvolver projetos excelentes. Esse é um dos vários. Aqui do Brasil eu admiro o que o Wollner fez para sua época assim como Aloísio Magalhães, que fez a marca da UnB, entre outros, que são importante de memorizar, recordar, comentar e estudar. Eu acho que falta um pouco de foco nessas referências, acho que a gente olha muito só para produções atuais e não reflete no que já foi feito e acaba se repetindo.

4 Estúdio Onomá

Estampas para coleção independente Restart do Estúdio Onomá (direita para esquerda: André Vicente(4), Francisco Bronze e Pedro Machado(5)), intervenção fotográfica por Tiago Ferreira (6). Agosto de 2008

4.1 Estúdio Onomá

Estampas coleção Restart. Agosto 2008

Alguma dica para outros designers que estão lendo o blog?
Acho que a dica mais massa, é sempre que você tiver a oportunidade pegar projetos e fazer com mais alguém, mesmo que você tenha que rachar o dinheiro e que o pagamento não seja um dos melhores. Acho que quem está estudando o dinheiro tem que ficar em segundo plano, principalmente quem mora com pai e mãe ou tem boas condições financeiras.
Eu acho que você tem que rachar os projetos, porque quando você tem uma 2ª opinião, você está pensando com uma 2ª cabeça, que possui outras experiências, a discussão é muito mais saudável e você chega num produto muito mais redondo, você confronta o cliente e o cliente te confronta de uma maneira mais inteligente e saudável, você gera mais argumentos, você cria referências novas, você mescla estilos, então você acaba criando características únicas que são muito importantes para o trabalho.
Outra dica fundamental é buscar parcerias, pode ter certeza que conversando no CA, no banquinho ou durante as aulas, é fácil de encontrar uma parceria, e vai descobrir gente que nem precisar ser do mesmo semestre pra trabalhar junto.

5 Exposição CNC 5.1 Exposição CNC

Exposição CNC, desenvolvida pelo Estúdio Onomá. Agosto 2008

Como vê o mercado atual de design no Brasil e em Brasília? E no mundo?
A gente tem que aproveitar muita coisa porque o mercado ainda está em plena expansão, e o aluno que sai da UnB, sem puxar o saco, é um aluno mais preparado, ele aceita e enfrente mais os desafios. Eu até acho que o curso que mais bem prepara para o mercado aqui em Brasília, é o da UnB. E pode ter certeza que quem gosta, corre atrás, acredita, busca parcerias não vai faltar trabalho. O mais importante é não ter essa neura de que o mercado é isso ou aquilo, porque chega o momento que você consegue a sua fatia e não vai ter que esquentar a cabeça. É o que eu falei, conversar bastante e fazer essa rede, ela é muito importante, pois por mais que você tenha qualificações, tenha um bom trabalho e seja genial, se você não conversar, não fizer contatos, é como se você não existisse.

5.3 Exposição Ford-T 5.4 Exposição Ford-T

Exposição 100 anos do Ford-T. Fevereiro 2009

Como acha que vai ser a carreira do design daqui a 10 ou 15 anos?
Vivemos um momento em que existe de tudo, nem o céu é o limite mais, isso pra qualquer profissão, mas acho que está faltando um foco fundamental, a gente tem que projetar para necessidades reais do homem, principalmente na área de produto. A gente vive em uma realidade em que já existe escassez de muita coisa e já existem muitos problemas, é importante começar a pensar e projetar para essas realidades como saúde, falta d’água, tragédias naturais.
Tem tanta coisa que o homem já superou com qualidade, que eu acho que não precisa de mais um projeto de celular, mp3 ou pen drive, acho que é fundamental projetar para nossa realidade. O Brasil é um país rico em problemas e ser designer é solucionar problemas, então é importante encontrá-los e começar a projetar pra eles. A vanguarda do design hoje vão ser as pessoas que estão pensando e projetando para esse futuro.

6. Revista de PV3 6.1 Revista de PV3

Revista de PV3, matérias sobre toypaper. Parceria com Gabriel Braga(7), Mateus Zanon e Pedro Machado. Julho de 2009

O que você acha dessa iniciativa da Lamparina em chamar designers para falar dos seus portfólios?
Acho legal, porque eu estou saindo da UnB e já não conheço muita gente só o pessoal da minha geração, já até ouvi falar que me chamam de dinossauro (risos), e o DI é um curso que separa as pessoas, então temos que primar muito por esses contatos e parcerias. Acho que enquanto estivermos na academia, sob a proteção da UnB, a gente tá livre pra pensar e crescer como em nenhum outro lugar.

7. Logos

Projetos diversos de identidade visual, feitos com diversas parcerias.

domingo, 25 de julho de 2010

WOB com a Rurguis (Puon)

Pra quem não conhece a mais de 5 anos eu encotrei uma galera que possui o perfil de vida muito semelhante ao meu! São pessoas que estão sempre (quando possível) perto de mim e que eu os vejo sempre por um motivo: dirversão, pura e simples diversão. Ontem nos encontramos no WOB (Wii on Beer) e por um acaso fomos entrevistados pelo CorreioWeb e em meio a tantas piadas e ousadias da nossa parte (quase a ponto de irritar a jornalista com nosso humor indiscreto) saiu uma reportagenzinha...
Aproveitando o espaço aqui (que é meu mesmo) para mandar um abração pros meus melhores amigos da Rurguis Puon: Moises Resende, Frederico Araújo e Luciano Guerra!

terça-feira, 8 de junho de 2010

E assim começa...

...a saga de um simples designer tentando contribuir um pouco com o planeta em que vive. Sempre pensei em criar um local aqui na rede que não fosse um portfólio e também não fosse um local inútil. Então resolvi criar esse blog para colocar trabalhos, citações, piadas, receitas e o que mais servir como utilidade para mais alguém que queria ler e se interar. Tão logo estarei colocando conteúdo e dando forma a esse blog. Então fica combinado assim, quando estiver na hora do lanche e não tiver vídeos bons no Youtube ou o FFFFOUND não estiver dos melhores dê uma passada aqui pra ver se tá rolando algo de novo.

Besos, quesos e jamon...